quinta-feira, 30 de março de 2017

MATO GROSSO DO SUL: ECONOMIA

         O Mato Grosso do Sul é vizinho de grandes centros produtores e consumidores do Brasil: Minas Gerais, São Paulo e Paraná, além de fazer fronteira com a Bolívia e o Paraguai, uma vez que se situa na rota de mercados potenciais de toda a zona ocidental da América do Sul e se comunica com a Argentina através da Bacia do rio da Prata, dando também acesso ao Oceano Atlântico e ao Pacífico através dos países andinos.
       
         Sua economia está baseada na produção rural (animal, vegetal, extrativa vegetal e indústria rural), indústria, extração mineral, turismo e prestação de serviços. O estado possui um dos maiores rebanhos bovino do país. Além da vocação agropecuária, a infraestrutura econômica existente e a localização geográfica permitem ao estado exercer o papel de centro de redistribuição de produtos oriundos dos grandes centros consumidores para o restante da região Centro-Oeste e a região Norte do Brasil. Quanto a sua pauta de exportações, o Mato Grosso do Sul se destaca na venda para o exterior de açúcar in natura (17,26%), soja (16,96%), carne bovina congelada (10,37%), pastas químicas de madeira à soda ou sulfato (10,34%) e milho (9,99%). No estado, 44,77% da população residente compõe a população economicamente ativa.

         A principal área econômica do estado do Mato Grosso do Sul é a do planalto da Bacia do Paraná, com seus solos florestais e de terra roxa. Nessa região, os meios de transporte são mais eficientes e os mercados consumidores da região Sudeste estão mais próximos.
A composição do PIB de Mato Grosso do Sul é a seguinte: Agropecuária – 15,8%. Indústria – 16,7%. Serviços – 67,5%.

       A agropecuária é um elemento de fundamental importância para a economia estadual, pois ela impulsiona o setor industrial e de serviços. A agricultura se baseia nos cultivos de arroz, café, trigo, milho, feijão, mandioca, algodão, amendoim, cana-de-açúcar e, principalmente, soja, produto do qual o estado é um dos maiores produtores do Brasil.


Na pecuária, Mato Grosso do Sul detém um dos maiores rebanhos bovino do país.
Existem dois tipos de criação de gado, são elas:
1.Intensiva – suas características são:

  • áreas limitadas (invernadas); 
  • rebanhos escassos (de raça);
  • alto rendimento;
  • aplicação de métodos científicos e pastagens selecionadas;
  • destinada á produção de leite e de corte;
  • proximidade dos grandes centros urbanos.
Exemplo: Vale do Paraíba, Sul de Minas Gerais, região de Campo Grande, grande Dourados, etc.
2.Extensiva – suas características são:

  • grandes áreas;
  • gado criado á solta;
  • pastagens naturais;
  • sem aplicação de técnicas adiantadas de criação;
  • baixo rendimento;
  • destinada ao corte (carne);
  • número de cabeças por hectares reduzidos.
Exemplo: Triângulo Mineiro, Campanha Gaúcha, Pantanal, etc.
A pecuária é totalmente destinada ao corte. As áreas produtoras de destaque são: Pantanal e sul do Estado. Atualmente, o estado é um dos maiores exportadores de carne bovina do Brasil. As terras do MS são de excelente qualidade, o Estado tem o clima propício para prática da pecuária e vem desenvolvendo a atividade de forma eficiente, competitiva e sustentável, calçada no melhoramento genético e investimentos em nutrição, manejo e sanidade. Tem uma comercialização pujante e bastante ativa.

MINERAÇÃO

Na mineração Mato Grosso do Sul também possui significativas jazidas de ferro, manganês, calcário, mármore e estanho, com destaque para o maciço de Urucum, em que há uma expressiva jazida de minério de ferro e manganês.



O estado vem apresentando um intenso processo de industrialização. Assim como na maioria dos estados do Brasil, Mato Grosso do Sul concede incentivos fiscais para a instalação de indústrias. Os resultados dessa política são satisfatórios.
Os principais segmentos são o alimentício, têxtil, siderúrgico e químico, que estão instalados em cinco grandes polos industriais:


PÓLO MINERO-SIDERÚRGICO: Agroindústria frigorífica e láctea; indústria de: calcário dolomítico, turismo e pesca; extração de rochas ornamentais; indústria de cerâmica; indústria de artefatos de cimento. Na área que compreende a região de Corumbá ocorrem agroindústria frigorífica e laticínios; indústria minero siderúrgica, cimento e calcário; de turismo ecológico e de pesca e indústria de refrigerantes. Corumbá, Ladário, Bodoquena, Jardim e Bonito.

PÓLO DE CAMPO GRANDE: Agroindústria frigorífica e laticínios; indústria de alimentos, têxtil e confecções; metalúrgica; de material plástico; curtumes; moagem de soja (farelo e óleo) refinada; beneficiadora de arroz; gráfica; bens de capital e bebidas e refrigerantes; compensados e chapas de madeiras; turismo de eventos; ração animal; sementes de pastagens e cereais; embalagens e indústria de café. Campo Grande.

PÓLO DO SUL: Agroindústria frigorífica e laticínios; indústria de alimentos, têxtil; e confecções; curtumes; moagem de soja (farelo e óleo bruto); bebidas; ração animal; sementes de pastagens e cereais; embalagem; erva-mate; fiação de algodão; açúcar e álcool; beneficiamento de trigo; gráfica e indústria de pescado; indústria de biodiesel. Dourados, Iguatemi Naviraí e Ponta Porã.

PÓLO DO BOLSÃO: Agroindústria frigorífica e laticínios; indústria de alimentos, têxtil e confecções; curtumes; moagem de soja (farelo e óleo bruto); embalagem; indústria de açúcar e álcool; beneficiamento de algodão; gráfica; indústria de pescado; derivados de plásticos; metalúrgica e siderurgia (ferro-gusa, alumínio e aço); indústria de madeira; turismo; indústria de calçados e indústria de café; indústria de papel e celulose. Paranaíba, Aparecida do Taboado e Três lagoas.
     
PÓLO DO NORTE: Agroindústria frigorífica e laticínios; indústria de cerâmica; indústria de alimentos; beneficiadora de algodão; rações; metalúrgica; indústria de açúcar e álcool. Cassilândia, São Gabriel do Oeste, Sonora, Costa Rica e Chapadão do Sul.

       TURISMO

Mundialmente conhecido por sua biodiversidade, possui atrativos naturais e culturais que podem ser vistos ao participar de passeios turísticos. Os cenários são distintos e com belezas peculiares, sendo rico em flora, fauna e exuberância da natureza. 


A dedicação de seus habitantes o tornaram uma das mais produtivas áreas e seus visitantes devem provar sua comida típica. O turismo ecológico também representa uma importante fonte de receita para o estado, promovido no Complexo do Pantanal e no Parque Nacional da Serra da Bodoquena. Suas principais cidades turísticas são: Campo Grande (capital). Bonito, Jardim e Bodoquena localizados no Parque Nacional da Serra da Bodoquena. Corumbá, Miranda e Porto Murtinho no Complexo do Pantanal. Ponta Porã e Bela Vista na fronteira com o Paraguai e outras cidades que se destacam são Rio Verde e Costa Rica.

     COMÉRCIO

O conjunto das atividades de comércio e serviços responde por 62,87% da geração de riqueza no Estado, conforme dados do PIB/MS de 2012. As atividades do setor estão voltadas principalmente para o comércio varejista, predominantemente no ramo de produtos alimentícios, vestuários, comércio de veículos e de peças e acessório e material de construção. As regiões de Campo Grande e Dourados detêm mais de 60,0% do total das empresas de comércio. O maior volume comercial concentra-se nos municípios de Campo Grande, Dourados, Ponta Porã e Três Lagoas.
Comércio exterior: A atividade comercial que Mato Grosso do Sul realiza com o mercado internacional, vem apresentando desempenho satisfatório ao longo do período. A Argentina e o Uruguai eram os maiores compradores de produtos sul-mato-grossenses, no entanto, com as dificuldades econômicas enfrentadas pelos países do MERCOSUL, em especial a Argentina, houve um redirecionamento das exportações do Estado, tendo em 2012 destinos das suas exportações: China com 22,2%, Argentina com 7,8%, Rússia com 6,8% , Irã com 4,6% e Países Baixos (Holanda) com 4,1%. 


No MERCOSUL, o maior importador de produtos do Estado é a Argentina com 7,8%. As importações feitas pelo Estado vêm principalmente da Bolívia que respondem por aproximadamente 63,5, % das compras de Mato Grosso do Sul no exterior, tendo como principal produto o gás natural no estado gasoso importado através do gasoduto Bolívia-Brasil. Que em 2012 importou US$ 3,246 bilhões, tendo como principal produto o gás natural no estado gasoso importado através do gasoduto Bolívia-Brasil, em seguida aparecem como principais fornecedores externos a China, e o Chile. Entre os blocos econômicos, a Ásia representou o maior mercado consumidor dos produtos do Estado em 2012, seguido da União Europeia, Oriente Médio, África e o MERCOSUL.  As exportações do Estado ainda são muito dependentes do setor primário, cujos principais itens exportados são: soja “in natura”, farelo de soja, açúcar, carne bovina, produtos de madeira (celulose), milho e minérios, que juntos respondem por aproximadamente 72,0% das divisas com exportações do Estado.
Os fluxos de entrada e saída de mercadorias com o exterior são realizados principalmente pelos eixos rodoviários das BR/163, 262 e 267, pelos eixos ferroviários NOVOESTE e FERRONORTE e pelas Hidrovias Tietê-Paraná e Paraná-Paraguai, cujos principais portos de embarque e desembarque de mercadorias são os Portos de Santos, Paranaguá e Corumbá.