domingo, 2 de abril de 2017

MATO GROSSO DO SUL: REGIONALIZAÇÕES

Mesorregiões de Mato Grosso do Sul

Mesorregião é uma subdivisão do estado que congrega diversos municípios de uma área geográfica com similaridades econômicas e sociais, que por sua vez, são subdivididas em microrregiões.
O estado de Mato Grosso do Sul é dividido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em quatro mesorregiões: 

Centro-Norte: é agrupada em duas microrregiões: Alto Taquari e Campo Grande.

Leste: é agrupada em quatro microrregiões: Cassilândia, Nova Andradina, Paranaíba e Três Lagoas.

Sudoeste: é agrupada em três microrregiões: Bodoquena, Dourados e Iguatemi.

Pantanais: é agrupada em duas microrregiões: Aquidauana e Baixo Pantanal.



Microrregiões de Mato Grosso do Sul

Microrregião é um agrupamento de municípios limítrofes. Sua finalidade é integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum, definidas por lei complementar estadual. O estado de Mato Grosso do Sul é dividido em onze microrregiões:

Alto Taquari: a principal cidade e o centro regional é Coxim e o município de São Gabriel do Oeste como polo econômico.

Campo Grande: é a mais populosa microrregião do Estado. Tem a cidade mais importante do estado e é a mais rica e desenvolvida também.

Cassilândia: é uma área de produção agropecuária e encontra-se próxima a estados mais industrializados como Goiás, Minas Gerais. Chapadão do Sul é o destaque dessa região.

Nova Andradina: é um importante corredor rodoviário de acesso ao estado e tem como atividade econômica principal a pecuária de corte.

Paranaíba: localiza-se nas proximidades de estados mais industrializados como Minas, Goiás e São Paulo. Aparecida do Taboado é o pólo econômico-cultural mais importante.

Três Lagoas: principal atividade econômica é a pecuária. a indústria e o turismo despontam como alternativas. Três Lagoas é a cidade mais importante dessa região e, encontra-se entre as 3 primeiras do estado.

Bodoquena: caracteriza-se pela pecuária de corte, produção de calcário e cenários lindíssimos proporcionados pela natureza. Bonito é o principal destaque com o turismo ecológico.

Dourados: é a 2ª mais populosa, diversas atividades econômicas são desenvolvidas, a agropecuária, extrativismo vegetal, indústria, comércio, enfim é bastante desenvolvida. Dourados é o destaque, é a 2ª maior cidade do estado.

Iguatemi: área de produção agropecuária, tendo Naviraí como principal centro econômico.

Aquidauana: desenvolve-se a pecuária tradicional de corte e o turismo no Pantanal. Aquidauana é o principal centro econômico.

Baixo Pantanal: forte atividade da pecuária tradicional de corte, vias de acesso através do rio Paraguai e o turismo no Pantanal que é bastante concorrido. Corumbá é uma das principais cidades do estado e o principal centro econômico dessa microrregião.

BRASIL: REGIONALIZAÇÃOES

      A palavra região pode ser utilizada em várias escalas, em nível particular e geral, em nível econômico ou natural. Dessa forma, utilizamos o termo nas seguintes ocasiões: região produtora de café, região industrial, região rica, região pobre, região de clima tropical, região afetada por furacão e dezenas de outras possibilidades.
     As regiões se diferem por causa de suas particularidades, desprezando sua grandeza ou localização geográfica. São distintas por suas atuações com a produção agropecuária (região da soja, milho, leite, tomate entre outras), centros urbanos (região metropolitana de São Paulo e Rio de Janeiro), influência de um município (região de Goiânia, Uberlândia, Presidente Prudente etc.).
   O Brasil é dividido em Estados e Regiões. A regionalização, proposta em 1969, foi elaborada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e sua implantação efetiva vigorou a partir de 1° de janeiro de 1970. Para consolidar a divisão do país, o IBGE tomou como base os aspectos naturais, embora tenha levado em conta os fatores humanos ao formar o Sudeste. Em 1988, com a divisão do Estado de Goiás, a demarcação territorial sofreu uma modificação, o novo estado do Tocantins foi incorporado à região Norte.
      Foram criadas as seguintes Regiões:
Região Centro-Oeste: Constituída por Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, totaliza uma área de 1.604 852 km2 que abriga aproximadamente 14 milhões de pessoas.

Região Nordeste: A região caracterizada pela seca ocupa uma área de 1.556.001 km2, onde vivem aproximadamente 53 milhões de pessoas. É composta pelos estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão.

Região Norte: Formada pelos estados do Acre, Tocantins, Amazonas, Roraima, Rondônia, Pará e Amapá. O território é constituído por uma área de 3.851 560 km2, ocupada por aproximadamente 15,8 milhões de pessoas.
Região Sudeste: Região onde vivem cerca de 80,3 milhões de habitantes distribuídos em uma área de 927. 286 km². O Sudeste é constituído por quatro estados, são eles: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.
Região Sul: Ocupa uma extensão territorial de 575. 316 km2, onde se encontram distribuídos cerca de 27,3 milhões de habitantes. A menor das regiões brasileiras é formada pelos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No país não existem estados que integram duas regiões do IBGE simultaneamente.


     A configuração econômica, social e cultural de uma região é resultado do contexto histórico, essa pode ser alterada de acordo com diversos interesses, algumas regiões substituíram suas atuações econômicas, como deixar de extrair ouro devido seu declínio para praticar a pecuária, mudança de uma região natural para um centro industrial ou rural, diante disso fica evidente que as regiões são dinâmicas em suas características.
Regionalização proposta pelo IBGE


REGIÕES GEOECONÔMICAS
   Uma das várias regionalizações existentes sobre o território brasileiro é a regionalização geoeconômica, que divide o país em três grandes complexos regionais: o Centro-Sul, o Nordeste e a Amazônia.
      Essa divisão caracteriza-se por não considerar a divisão política entre estados ou municípios, obedecendo somente a critérios econômicos e sociais. Tal divisão é importante no sentindo de facilitar a compreensão acerca das relações de ligação e interdependência no território brasileiro.
Em linhas gerais, as três grandes regiões dessa divisão atendem a determinadas características:

Nordeste: O complexo regional do Nordeste ocupa 20% do território nacional e abriga cerca de 25% da população total. Essa região assistiu, a partir do final do século XIX, a um processo de emigração em massa para a região Centro-Sul do país. Entretanto, no início do século XXI, o que se percebe é um fluxo migratório em movimento oposto, o que representa uma espécie de “retorno” da população para o Nordeste. é a região com mais problemas sociais.

Centro-Sul: É a mais populosa, mais industrializada e considerada a mais desenvolvida do país. Cerca de 70% da população e 78% do PIB brasileiro.

Amazônia: É a maior das regiões geoeconômicas do país, é também a região menos industrializada e que apresenta as menores densidades demográficas do país. Em vários pontos dessa região encontram-se áreas denominadas como “vazios demográficos”, de modo que a maior parte da sua população se encontra nas duas principais cidades: Belém e Manaus. É o território onde se encontra a fronteira agrícola e de povoamento do país. 

    Em termos de cronologia da ocupação do território, o complexo regional do Nordeste foi o primeiro do país a ser povoado pelos povos colonizadores. Em seguida, essa ocupação se entendeu ao Centro-Sul e, atualmente, encontra-se avançando pelo complexo da Amazônia.

Regionalização Geoeconômica do MS

      Por regionalização pode-se entender a divisão de um grande espaço territorial, com critérios previamente estabelecidos, em áreas menores que passam a ser chamadas de regiões. Cada região se diferencia das outras por apresentar particularidades próprias. O Estado do Mato Grosso do Sul é pertencente a duas divisões regionais, sendo o Centro-Oeste e o Centro-Sul. Sua participação no contexto regional não é muito diferente dos outros estados do Centro-Oeste, com características físicas e econômicas similares, agroexportadores, com clima marcante de uma estação seca e outra chuvosa e um relevo muito aplainado.


MATO GROSSO DO SUL: FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO

      A área onde hoje se localiza o estado já era ocupada por populações indígenas quando chegaram os primeiros bandeirantes, a procura de ouro no final do século XVI. Legalmente sob jurisdição espanhola, durante os séculos XVII e XVIII a área do Brasil central foi percorrida por inúmeros bandeirantes a procura de ouro, pedras preciosas e caça aos índios. Para firmar a posse dessas terras, os portugueses construíram o forte Corumbá no rio Paraguai. Ainda no final no século XVIII a extração de ouro entra em declínio e aquela região vê parte de sua população migrar enquanto outra parte dedica-se à agricultura e à pecuária.         Foi somente com o Tratado de Madri, em 1750, que a posse das terras do atual estado de Mato Grosso do Sul passa legalmente para os portugueses. O grande impulso para a ocupação branca sobre os antigos territórios indígenas da parte meridional do Mato Grosso veio no início do século XX com a estrada de ferro. Quando a fronteira agrícola de São Paulo   atinge o extremo oeste do estado, a parte sul de Mato Grosso torna-se uma área natural de expansão dos interesses paulistas. A construção da estrada de ferro ligando Corumbá ao estado de São Paulo permitiu a concretização desses interesses. Ao longo do século XX o sul de Mato Grosso recebeu vários fluxos migratórios. Nesse momento, a instalação da Colônia Agrícola de Dourados também contribuiu para o desenvolvimento das atividades agrícolas no estado, a atração de inúmeros colonos e consequentes conflitos de terras com indígenas. A abertura e asfaltamento de rodovias federais também foi outro pólo aglutinador do desenvolvimento da área, como a BR-267, ligando o oeste de São Paulo ao entroncamento da BR-163 e desta a Cuiabá, ao norte, e Dourados, ao sul. 
       As manifestações de vontade separatistas em relação ao norte do estado tiveram início ainda no começo do século XX, quando houve uma revolta chefiada pelo coronel Mascarenhas, tendo sido, no entanto, derrotada. Em 1932, líderes do sul do então estado de Mato Grosso aderiram à Revolução Constitucionalista na esperança de uma reforma constitucional que lhes desse autonomia em relação ao norte do estado.

Emancipação política

     A ideia de desmembrar o antigo sul de Mato Grosso contornou definitivamente o atual estado em 1975, com a tese Divisão político-administrativa do Mato Grosso, que a Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG) publicou, cujos dados basearam a campanha intensificada pelo desmembramento. O presidente Ernesto Geisel comunicou que o governo federal decidiu sobre o assunto durante uma reunião com o governador José Garcia Neto no dia 4 de maio de 1977. De acordo com o primeiro projeto de lei, o novo estado seria chamado de Campo Grande. Quando o Congresso Nacional aprovou a lei e o presidente do Brasil sancionou, em 11 de outubro do mesmo ano, o nome do estado foi mudado para Mato Grosso do Sul. Foi decidido que a capital do novo estado seria Campo Grande.



A COMPANHIA MATTE LARANJEIRA

       Chegou a ser um Estado dentro do país, com concessão de terras de 5.000.000 de hectares para explorar erva mate nativa. Teve origem numa recompensa que o Governo Imperial deu a Thomas Laranjeira por seu auxílio na Guerra do Paraguai. Teve sua primeira base em Concepción, no Paraguai e em 1882 um Decreto Imperial consolidou a concessão. 


      A Companhia operava no Mato Grosso e Paraguai onde criou um porto especial para suas exportações de mate que iam também para a Argentina. Esse porto passa a ser a sede da empresa conhecida como Porto Murtinho em homenagem a Joaquim Murtinho, que, já na República, era Ministro da Fazenda da Presidência Campos Salles. Os principais acionistas da Companhia eram o Banco Rio Branco, da família Correa da Costa, a família Murtinho e a família Mendes Gonçalves. A Companhia tinha ferrovia própria e a erva mate era puxada até a linha de trem por 800 carretas para cuja tração a empresa tinha 20.000 bois. Grande parte da mão de obra era indígena, especialmente guarani e kaiwá.


      De 1926 a 1929 a Companhia era tão rica que emprestou dinheiro ao Estado de Mato Grosso, as exportações para a Argentina cresceram muito, passou a ter também acionistas argentinos. Em 1943, já no Estado Novo, Getúlio Vargas cancelou as concessões da Mate Laranjeira criando os Territórios do Iguaçu e de Ponta Porã e o Serviço de Navegação da Bacia do Prata para concorrer com os navios da Companhia.
         A Companhia Matte Laranjeira foi uma típica empresa colonial de exploração de território, teve grande poder político no Mato Grosso e faz parte de todo o desenvolvimento daquela região, constituiu duas cidades que foram suas bases, Porto Murtinho e Guaíra, deixou sua marca na fase histórica do desbravamento do Oeste brasileiro. Até hoje existem empresas sucessoras do Mate Laranjeira explorando o mesmo ramo.




MATO GROSSO DO SUL: LOCALIZAÇÃO

      Mato Grosso do Sul é uma das 27 unidades federativa do Brasil. Localiza-se no sul da Região Centro-Oeste, Limita-se com cinco estados brasileiros: Mato Grosso (norte), Goiás e Minas Gerais (nordeste), São Paulo (leste) e Paraná (sudeste); e dois países sul-americanos: Paraguai (sul e sudoeste) e Bolívia (oeste). Sua área é de 357.145 km².

Localização do Mato Grosso do Sul na América do Sul.

     Localizado na Região Centro-Oeste, o estado de Mato Grosso do Sul faz fronteiras com os estados de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná; além de países como Bolívia e Paraguai. Seu território é cortado no extremo sul pelo Trópico de Capricórnio.
     O estado abriga a oeste, dois terços do Pantanal Mato-Grossense, a maior planície alagável do mundo e um dos ecossistemas mais importantes do planeta. Tanto que, em 2001, foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) como patrimônio natural da humanidade. Outro destaque do estado são as grutas e os rios da cidade de Bonito, que atraem turistas para a serra da Bodoquena. 

Mato Grosso do Sul em detalhes

MATO GROSSO DO SUL: POPULAÇÃO

       Conforme dados do último Censo Demográfico, realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população de Mato Grosso do Sul atingiu a marca de 2.449.024 habitantes, sendo a menor da Região Centro-Oeste. Esse contingente populacional corresponde a aproximadamente 1,28% da população atual do Brasil. O território de Mato Grosso do Sul possui grandes vazios populacionais, fato constatado por meio da baixa densidade demográfica (população relativa), que atualmente é de 6,8 habitantes por quilômetro quadrado. O crescimento demográfico é de 1,7% ao ano, impulsionado pelo crescimento vegetativo e pelo intenso fluxo migratório com destino ao estado.

Av. 14 de Julho, Campo Grande/MS

      O povoamento de Mato Grosso do Sul ocorreu de forma significativa durante o século XIX. Contudo, foi durante o século XX, em especial com o desenvolvimento de políticas para a ocupação da porção oeste do território brasileiro e com a expansão da fronteira agrícola, que o contingente populacional do estado teve um grande aumento, o que proporcionou uma atração de migrantes para a região. Entre os anos 60 e 70 a população sul-mato-grossense praticamente dobrou de 579 mil habitantes para 1 milhão habitantes.
      A população de Mato Grosso do Sul é bastante diversificada, composta por indígenas (o estado tem uma das maiores populações indígenas do país, é a segunda maior), migrantes paulistas, mineiros, gaúchos, paranaenses e de vários estados do Nordeste, além de imigrantes de países como Bolívia, Paraguai, Japão, Alemanha, Espanha, Líbano, Síria, entre outros. Assim como nas outras unidades federativas do Brasil, a maioria dos sul-mato-grossenses reside em áreas urbanas (85%). Campo Grande, capital estadual, é a cidade mais populosa. Outros municípios que possuem mais de 100 mil habitantes são: Dourados, Corumbá e Três Lagoas.

Censo IBGE - 2010 

   Mato Grosso do Sul apresenta bons indicadores socioeconômicos se comparados com a média nacional – o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado é o 8° melhor do país. A taxa de mortalidade infantil é de 16,9 para cada mil habitantes, abaixo da média brasileira, que é de 22. No entanto, existe um grande déficit no acesso à rede de esgoto: menos da metade da população conta com esse serviço.
ÍNDICES   
(IDHM: Geral / IDHM-R: Renda / IDHM-L: Longevidade / IDHM-E: Educação)
O IDHM é a média geométrica entre IDHM-R, IDHM-L e IDHM-E.

    A faixa etária no Mato Grosso do Sul é maioria adulta, com 56% da população entre 20 a 59 anos de idade (1,3 milhões de adultos). Os jovens, entre 0 a 19 anos, representam 34,2% da população (são 837, 3 mil jovens) e em minoria os idosos (acima de 59 anos) são 9,8% (239,5 mil idosos)
A população masculina em Mato Grosso do Sul é de 49,8% da população (1, 21 milhões) e a população feminina é de 50,2% (1,22 milhões). A identificação de cor ou raça da população sul-mato-grossense é maioria de brancos (46,8%) e pardos (44,1%). Os negros correspondem a 4,9% , os indígenas 2,9% e amarelo 1,2%. A taxa de indígenas é a maior na região centro-oeste A população sul-mato-grossense economicamente ativa é de 51,4%. A população estimada para 2015 do Mato Grosso do Sul é de 2, 6 milhões de habitantes.
     A área do Mato Grosso do Sul é de 357, 145 km² o que proporciona uma densidade demográfica de 6,86 hab./km², o que significa que a região possuiu um vazio demográfico.






MATO GROSSO DO SUL: PANTANAL

COMPLEXO DO PANTANAL

     O Complexo do Pantanal, ou simplesmente Pantanal, é um bioma constituído principalmente por uma savana estépica, alagada em sua maior parte, com 250 mil quilômetros quadrados de extensão, altitude média de 100 metros. Está situado no sul de Mato Grosso e no noroeste de Mato Grosso do Sul, ambos estados do Brasil, além de também englobar o norte do Paraguai e leste da Bolívia (que é chamado de chaco). A região considerada pela UNESCO como Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera, localizado na região do Parque Nacional do Pantanal. Em que pese o nome, há um reduzido número de áreas pantanosas na região pantaneira. Além disso, tem poucas montanhas, o que facilita o alagamento. 

   É grande a fiscalização no Pantanal, no sentido de preservar a biodiversidade da região. A fauna da região é variada, da qual se destacam os jacarés, sucuris, felinos e um grande número de espécies de aves. A flora apresenta espécies típicas de vários ecossistemas, como do cerrado, campos, florestas, etc. Em grande parte do ano a região pantaneira fica praticamente inundada, o que garante o crescimento das gramíneas (pasto) na época de seca. Além da diversificada vegetação do Pantanal (a oeste), o cerrado é encontrado, sobretudo ao leste, e ao sul, á vegetação presente é a típica das Florestas Tropicais.

O entardecer no Pantanal

MATO GROSSO DO SUL: ASPECTOS FÍSICOS

      Com predominância de clima tropical, Mato Grosso do Sul abriga a maior planície alagável do mundo – o Pantanal Mato-Grossense; o estado também possui áreas de cerrado e de floresta tropical. O relevo é caracterizado por regiões de depressão e planaltos com escarpas. A rede hidrográfica é composta por vários rios, tais como o Aquidauana, Paraguai, Paraná, do Peixe, Paranaíba, Taquari, entre outros.

Relevo: É formado por planaltos, patamares e chapadões, todos inseridos nas bacias dos rios Paraná e Paraguai. Não ocorrem grandes altitudes nas duas principais formações montanhosas, as serras da Bodoquena e de Maracaju, que formam os divisores de águas das bacias do Paraguai e do Paraná. As altitudes médias do estado ficam entre duzentos e seiscentos metros.
O ponto mais alto do estado é o Morro Grande, com 1165 metros de altura. O relevo do estado é composto basicamente por três unidades:
- Oeste (extremo) – Complexo do Pantanal.
- Leste – Planaltos com escarpas.
- Noroeste – Planícies


Pantanal - Oeste
Serra de Maracaju


Planalto
Hidrografia: O território estadual é drenado a leste pelos sistemas dos rios Paraná, sendo seus principais afluentes os rios Sucuriú, Verde, Pardo e Ivinhema; a oeste é drenado pelo Paraguai, cujos principais afluentes são os rios Taquari, Aquidauana e Miranda. Pelo Rio Paraguai escoam as águas da planície do Pantanal e terrenos periféricos. Na baixada, produzem-se anualmente inundações de longa duração. A linha de divisa com o estado de Mato Grosso segue limites naturais formados por vários rios e camalotes.

Mapa hidrográfico do Mato Grosso do Sul



Clima e Pluviosidade: Na maior parte do território do estado predomina o clima do tipo tropical com chuvas de verão e inverno seco, caracterizado por médias termométricas que variam entre 25 °C na Baixada do Paraguai e vinte graus centígrados no planalto. No extremo meridional (sul) ocorre o clima subtropical, em virtude de uma latitude um pouco mais elevada (maior) e do relevo de planalto. As geadas são comuns no sul do estado registrando em média três ocorrências do fenômeno por ano. Observa-se o mesmo regime de chuvas de verão e inverno seco e a pluviosidade anual é, também, de aproximadamente 1500 milímetros.

Vegetação: Os cerrados recobrem a maior parte do estado, mas também se destaca a Floresta Tropical. Há ainda a presença de pampas (campos Limpos) e Mata Atlântica. Na planície do Pantanal, no oeste do estado, durante o período de cheias do Rio Paraguai, a região vira a maior região alagadiça do planeta, lá se combinam vegetações de todo o Brasil (até mesmo da Caatinga e da Floresta Amazônica). É um dos biomas com maior abundância de biodiversidade do Brasil, embora seja considerada pouco rica em número de espécies.

Vegetação de Cerrado