domingo, 2 de abril de 2017

BRASIL: REGIONALIZAÇÃOES

      A palavra região pode ser utilizada em várias escalas, em nível particular e geral, em nível econômico ou natural. Dessa forma, utilizamos o termo nas seguintes ocasiões: região produtora de café, região industrial, região rica, região pobre, região de clima tropical, região afetada por furacão e dezenas de outras possibilidades.
     As regiões se diferem por causa de suas particularidades, desprezando sua grandeza ou localização geográfica. São distintas por suas atuações com a produção agropecuária (região da soja, milho, leite, tomate entre outras), centros urbanos (região metropolitana de São Paulo e Rio de Janeiro), influência de um município (região de Goiânia, Uberlândia, Presidente Prudente etc.).
   O Brasil é dividido em Estados e Regiões. A regionalização, proposta em 1969, foi elaborada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e sua implantação efetiva vigorou a partir de 1° de janeiro de 1970. Para consolidar a divisão do país, o IBGE tomou como base os aspectos naturais, embora tenha levado em conta os fatores humanos ao formar o Sudeste. Em 1988, com a divisão do Estado de Goiás, a demarcação territorial sofreu uma modificação, o novo estado do Tocantins foi incorporado à região Norte.
      Foram criadas as seguintes Regiões:
Região Centro-Oeste: Constituída por Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, totaliza uma área de 1.604 852 km2 que abriga aproximadamente 14 milhões de pessoas.

Região Nordeste: A região caracterizada pela seca ocupa uma área de 1.556.001 km2, onde vivem aproximadamente 53 milhões de pessoas. É composta pelos estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão.

Região Norte: Formada pelos estados do Acre, Tocantins, Amazonas, Roraima, Rondônia, Pará e Amapá. O território é constituído por uma área de 3.851 560 km2, ocupada por aproximadamente 15,8 milhões de pessoas.
Região Sudeste: Região onde vivem cerca de 80,3 milhões de habitantes distribuídos em uma área de 927. 286 km². O Sudeste é constituído por quatro estados, são eles: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.
Região Sul: Ocupa uma extensão territorial de 575. 316 km2, onde se encontram distribuídos cerca de 27,3 milhões de habitantes. A menor das regiões brasileiras é formada pelos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No país não existem estados que integram duas regiões do IBGE simultaneamente.


     A configuração econômica, social e cultural de uma região é resultado do contexto histórico, essa pode ser alterada de acordo com diversos interesses, algumas regiões substituíram suas atuações econômicas, como deixar de extrair ouro devido seu declínio para praticar a pecuária, mudança de uma região natural para um centro industrial ou rural, diante disso fica evidente que as regiões são dinâmicas em suas características.
Regionalização proposta pelo IBGE


REGIÕES GEOECONÔMICAS
   Uma das várias regionalizações existentes sobre o território brasileiro é a regionalização geoeconômica, que divide o país em três grandes complexos regionais: o Centro-Sul, o Nordeste e a Amazônia.
      Essa divisão caracteriza-se por não considerar a divisão política entre estados ou municípios, obedecendo somente a critérios econômicos e sociais. Tal divisão é importante no sentindo de facilitar a compreensão acerca das relações de ligação e interdependência no território brasileiro.
Em linhas gerais, as três grandes regiões dessa divisão atendem a determinadas características:

Nordeste: O complexo regional do Nordeste ocupa 20% do território nacional e abriga cerca de 25% da população total. Essa região assistiu, a partir do final do século XIX, a um processo de emigração em massa para a região Centro-Sul do país. Entretanto, no início do século XXI, o que se percebe é um fluxo migratório em movimento oposto, o que representa uma espécie de “retorno” da população para o Nordeste. é a região com mais problemas sociais.

Centro-Sul: É a mais populosa, mais industrializada e considerada a mais desenvolvida do país. Cerca de 70% da população e 78% do PIB brasileiro.

Amazônia: É a maior das regiões geoeconômicas do país, é também a região menos industrializada e que apresenta as menores densidades demográficas do país. Em vários pontos dessa região encontram-se áreas denominadas como “vazios demográficos”, de modo que a maior parte da sua população se encontra nas duas principais cidades: Belém e Manaus. É o território onde se encontra a fronteira agrícola e de povoamento do país. 

    Em termos de cronologia da ocupação do território, o complexo regional do Nordeste foi o primeiro do país a ser povoado pelos povos colonizadores. Em seguida, essa ocupação se entendeu ao Centro-Sul e, atualmente, encontra-se avançando pelo complexo da Amazônia.

Regionalização Geoeconômica do MS

      Por regionalização pode-se entender a divisão de um grande espaço territorial, com critérios previamente estabelecidos, em áreas menores que passam a ser chamadas de regiões. Cada região se diferencia das outras por apresentar particularidades próprias. O Estado do Mato Grosso do Sul é pertencente a duas divisões regionais, sendo o Centro-Oeste e o Centro-Sul. Sua participação no contexto regional não é muito diferente dos outros estados do Centro-Oeste, com características físicas e econômicas similares, agroexportadores, com clima marcante de uma estação seca e outra chuvosa e um relevo muito aplainado.


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